O Brasil e o Mercado da Estética
O mercado nacional da estética e beleza estava em plena expansão, antes da pandemia, com uma média de crescimento anual de 4,1% na última década, seguindo dados da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos).
Novos cenários em meio a COVID-19
Com a COVID-19 e o isolamento social, houve um grande impulsionamento na busca de produtos para o cuidado da pele, sobretudo através de compras pela internet. De acordo com pesquisas realizadas pela agência Corebiz de São Paulo, a nível nacional houve um crescimento de 68% no faturamento do comércio eletrônico de cosméticos, no período de 1º de março e 14 de junho de 2020, quando comparado ao mesmo período de 2019.
Esses dados reforçam uma tendência de negócio promissor no Brasil, as vendas diretas ou de marketing multinível do mercado de cosméticos, se utilizando do marketing digital.
Seguindo nesta linha, a venda de serviços em formato digital também se mostrou promissora. Segundo um levantamento feito pelo GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços na América Latina, a demanda pela categoria Moda e Beleza contabilizou mais de 200 mil solicitações em 2020. Este número representa um aumento de 54% nas buscas em comparação com 2019.
Crescimento do mercado em 2021
Mesmo enfrentando um período de muitas incertezas decorrentes da pandemia, o setor da Beleza e Estética continuou próspero.
Segundo dados da ABIHPEC, o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos,teve um crescimento de 5,8% ex-factory quando comparado com o mesmo período em 2019. Isso decorre da intensificação dos hábitos de higiene no consumidor, para minimizar os riscos de contágio do coronavírus. O álcool em gel foi destaque em vendas, mas os produtos como sabonete líquido, sabonete em barra, máscaras faciais, esfoliantes corporais, shampoos e condicionadores também tiveram um aumento considerável.
Analisando padrões de consumo para 2021, o presidente da ABIHPEC João Carlos Basílio acredita que há uma tendência de continuidade de consumo de produtos voltados aos cuidados da pele (corpo e face) e higiene, uma vez que esse consumidor intensificou, por conta do coronavírus, suas práticas de higiene pessoal.
De acordo com Euromonitor International, o Brasil se encontra como o quarto maior mercado consumidor de beleza e cuidados pessoais do mundo, e segundo o Instituto FSB Pesquisa, se tornou o terceiro país com o maior mercado de estética no mundo, ficando atrás, apenas, dos Estados Unidos, que têm 16,5% e da China com 10,3%.
No quesito geração de empregos, de acordo com dados da ABIHPEC o mercado da beleza e estética em 2020, foi responsável por gerar cerca de 5,5 milhões de oportunidades de trabalho, tanto na indústria quanto nas consultorias, clínicas de estética, salões de beleza e afins e tende a aumentar para este ano de 2021.
Além disso, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, as empresas do mercado de estética do país geram um faturamento de R$ 168,7 bilhões ao ano.
O empreendedorismo é outro destaque deste mercado. Em 2020 houve um aumento de 7% no número de empresas do ramo, totalizando 3.148 de companhias distribuídas por todo país.
Cada vez mais o setor da Beleza e Estética vem consolidando sua importância para a economia nacional, apesar dos muitos desafios. “Nos últimos dez anos, foi registrado um crescimento de 1,7%, número positivo se comparado à queda de 0,3% do PIB e de 2,1% da indústria em geral nesse mesmo período”, explica Basilio, presidente da ABIHPEC .
Apesar das circunstâncias desafiadoras enfrentadas no país, é notável a tendência de preocupação do consumidor com aspectos como a beleza, saúde, bem-estar e cuidados pessoais. Essa crescente só reforça a força promissora deste mercado.
